domingo, 27 de setembro de 2009

O psicólogo das ruas


Como um organismo pulsante, a cidade grande não pára sequer um minuto. A toda hora, existem pessoas atravessando ruas, carros em movimento, meios de comunicação em ação e homens e mulheres, perdidos e desnorteados. Em São Paulo, precisamente na Avenida Paulista, a circulação de pessoas vai além do horário de funcionamento dos transportes coletivos, o que deixa várias pessoas sem muitas opções para voltar à suas confortáveis casas. Para os jovens que curtem o final de semana, o metrô é a melhor idéia quando o assunto é voltar para casa, mas como uma cerveja chama outra nos bares da cidade, eles se esquecem da hora e se deparam com as portas das estações fechadas.


Em meio ao caos proporcionado na cidade da garoa, um grupo de homens, que circulam em carros brancos e possuem um amplo conhecimento da cidade, salvam quem os chama com um breve sinal de dedo indicador.

Gibson da Silva Alves é um desses homens. Para uns, um herói que acabara com suas preocupações. Para outros, um psicólogo que ouve todos os seus problemas. Para muitos, apenas um trabalhador que é pago para levá-lo aos seus destinos.

Movido pelo amor de sua mulher, Paula, e de suas filhas, Bianca e Camila, o taxista percorre as ruas paulistanas salvando, muitas vezes, a noite de vários jovens que não possuem um meio de voltar às suas casas.

Ao confabular com esse incrível homem, percebe-se que ele não esqueceu de nenhuma corrida que fez durante seus 8 meses de trabalho. Lembra-se com uma memória de elefante do grupo de jovens que um dia entrou em seu Doblo, todos sob efeito de drogas e álcool, insultando todos os motoristas que passavam ao seu lado.

Recorda-se também de uma garota, filha de um empresário, que entrara em seu taxi e chorara, por não ter um pai que lhe desse o carinho e respeito que precisava.

Como poderia esquecer da mulher que entrara no seu taxi e começara a flertar. Mulher essa casada, 25 anos, e dizia amar seu marido, mesmo ele sendo “fraco” de cama. Gibson acha que se realmente o amasse, não teria feito esse tipo de comentário, mas como todo homem faria em sua situação, o taxista se rendeu às tentações da jovem.

Assim como um especialista em sentimentos, o taxista procurava ouvir os jovens problemáticos que entravam em seu carro. Dava conselhos. Ouvia problemas. Mostrava quando estavam errados. Com essa reputação, o herói com nome de astro de cinema conquistara o respeito e carinho de vários clientes, que até hoje ainda marcam corridas com ele.

Todo esse carinho que tem pelos seus jovens clientes vem do que não teve em sua infância. Naturalmente paulistano, morou toda sua vida no bairro de Jardins. Filho de negociantes, Gibson diz ter sempre tipo uma vida de burguês, mas nunca teve uma relação boa com seus pais. Há 9 anos, o homem cortou relações com sua mãe, pelo fato de a mesma ter ciúmes da intimidade do homem com os outros filhos, todos mais novos.

Apesar de todas as complicações familiares, o taxista segue sua vida com felicidade e harmonia, fazendo por suas filhas o que seus pais não fizeram por ele.

Atrás de toda aquela massa corporal, existe um homem sensível e sonhador. Como trabalha em um ramo que é complicado tirar férias, ele não possui tempo para viajar com a família, mas tem planos. Planeja para janeiro de 2010 uma viagem com a família para Cuiabá (MT), buscando conhecer os familiares de sua esposa.

Como toda profissão que envolve exposição, Gibson tem receio sobre certas coisas que podem acontecer sob quatro rodas. Além dos assaltos, que são típicos em São Paulo, o homem tem medo da imprudência dos motoristas nas noites paulistanas. Para ele, os condutores precisam de mais do que educação.


“Para mim, os motoristas, sobretudo os mais jovens, precisam de amor e carinho dos pais. Acho que quando há alguma discussão em casa, os jovens saem revoltados, enchem a cara de álcool e vão pelo mundo a fora com seus carros. Penso que, se tivesse mais diálogo em casa, talvez não aconteceriam tantos acidentes envolvendo jovens hoje em dia.”, diz o taxista, com ar de preocupação.

Quando o assunto de família sai da boca dos jovens, o taxista sempre tenta aconselhá-los a guardar o rancor e evitar fazer besteiras. O homem conta de um jovem que seguiu seu conselho após uma sessão de terapia em seu taxi. Após uma semana, o mesmo garoto ligou para ele e agradeceu, chamando-o de psicólogo das ruas.

Feliz, o taxista continua seus vários trajetos do dia-a-dia. E com um ar de consciência, Gibson coloca seu cinto de segurança e sai, sorridente, em busca de um novo passageiro e uma nova história.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A Rosa de Brasília






06/08/1945 – Final da 2ª Guerra Mundial.




Após meses de bombardeios em cidades japonesas, as forças armadas americanas resolvem usar uma nova tática para nocautear seu inimigo. Resultado de vários experimentos, Little Boy, uma bomba atômica criada para fins econômicos e de proteção, é usada para intimidar os japoneses. O presidente Harry S. Turman ordenou que a bomba fosse jogada na cidade de Hiroshima, o que levou à morte várias pessoas indefesas.



09/08/1945 – Três dias após o primeiro ataque



Possivelmente orgulhoso de seu brinquedinho, o presidente americano repete a dose, fazendo Fat Man, uma nova bomba com o mesmo poder destrutivo da outra, acertar a cidade de Nagasaki.


Esses dois fatos apresentados foram os únicos registros de ataques com bombas nucleares no mundo. Por conta desse tipo de armamento, milhares de pessoas faleceram e futuras gerações vieram com problemas físicos e psicológicos por conta da radioatividade liberada pelas bombas.

Já em 2009, a ONU (Organização das Nações Unidas), auxiliada pelos presidentes das maiores potências mundiais chegaram a um senso comum: Conter a disseminação das armas nucleares.

De todo, a decisão foi boa para o desenvolvimento mundial, pois muitas nações têm condições de fabricar e manter esse tipo de arma radioativa. Ao estourar uma guerra, poderiam ser usadas essas bombas, o que traria grandes problemas para a população do planeta.

Essa teoria parece óbvia, mas certas figuras públicas não concordam. É o caso do vice-presidente o Brasil, José Alencar, que defende a idéia de que bombas nucleares trazem respeito, tanto social quanto econômico, a uma nação.

Segundo Alencar, esses avanços em pesquisas nucleares levariam o país a um alto patamar de respeito perante as outras nações.

"Não estou dizendo que o Brasil vai fazer isso ou não e nem quero dizer se quero ou se não quero. Estou fazendo uma análise como brasileiro. Se nós estivéssemos nessas condições, imagina o que seria o Brasil? A respeitabilidade do país cresceria muito. Tem aquela frase ‘a força é o direito e a justiça é o poder do mais forte’", esclarece o presidente.

O homem também insiste em afirmar que o Brasil nessecita de tais armamentos, agora com a descoberta do pré-sal, para proteção de patrimônio.







Argumento do Autor _





Acho interessante o modo abrangente de pensar do presidente José Alencar. Eu admiro quando os políticos pensam no patrimônio brasileiro, e também acho que devemos protegê-lo com unhas e dentes. Mas, seria a manutenção de uma bomba atômica, o melhor jeito de se fazer isso?


Penso que, ao explodir uma bomba atômica, a radioatividade que ela libera causa mais danos que litros de petróleo podem pagar. Será que o político não chegou a pensar em quantas vidas inocentes ele poderia estar colocando em risco?


Se o Irã, que possui uma grande quantidade de urânio (elemento químico que traz radiação ás bombas), aceitou não usá-los para a manutenção de bombas, por qual motivo seriamos nós, os tolos a fazê-lo?


Agora, analisando a questão do respeito, creio que Sir. Alencar não aprendeu que não se consegue respeito querendo aparentar superioridade, ainda mais quando não se tem. Se queremos conseguir respeito dos países desenvolvidos, comecemos com a educação. Depois com a saúde. Com isso conseguimos avanços na economia. Aí, teremos o tão desejado respeito.


Não me lembro de nenhum japonês que respeite os EUA por terem jogado duas bombas radioativas em duas de suas grandes cidades. Mas posso ver o respeito que temos pela educação e pela economia do território americano.


Fecho essa citação fazendo um apelo ao vice-presidente:






Por favor, não fale as coisas sem avaliar todas as possibilidades.






Por sorte, temos pessoas que sabem ver as situações com olhos experientes. Nesse ponto, a política do Brasil não me decepciona.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Criticando o incriticável



Posso estar ferindo todos meus valores neste texto, mas sinto uma forte necessidade de desabafar.




Minha vida começou a evoluir de tal maneira que meu senso ético não pode acompanhá-la. Como toda criança ao nascer, certos objetivos não se concretizam em nossas cabeças. Na fase da adolescência, começamos a desfrutar de novas experiências e conceitos, que não conseguiremos dominar com maestria até os próximos períodos da vida. Já quando começamos a engrenar na fase adulta, criamos receio sobre o mais novo mundo que teremos que enfrentar.



Não é fácil sair do colégio como um simples garoto que não quer nada da vida e começar a pensar em dinheiro, futuro e carreira. Tarde, porém felizmente, consegui adquirir esse grau de responsabilidade antes que o mundo caísse sobre minha cabeça. Comecei a perceber que, nesse mundo, nem tudo são rosas. Aliás, nada são rosas.



Diria que hoje, especialmente hoje, comento algo incriticável, mas com certo teor irônico, o qual não vivo sem.



Penso eu, que quando nos deparamos com algum problema, temos que resolvê-lo o mais racionalmente possível.



Ignorar expressões nunca foi meu ponto forte. Muito menos quando vêm de pessoas as quais eu admiro.



Ao escrever um texto para essa página – como em qualquer outro lugar onde exponho minhas idéias – procuro dar o melhor de mim, aplicando meus conhecimentos até agora adquiridos e me esforçando o máximo para que minha mensagem seja recebida.



Odeio fazer coisas que não tenho base nem fundamento. Até certo ponto, gosto de desafios, mas não aturo fazer coisas que tenho certeza que não vingarão.

Mas, quando o assunto envolve outras cabeças, a coisa começa a perder essa visível facilidade.



Sempre fui um homem que re-avaliou seus erros e defeitos, sempre tentando aprender com eles. Continuo sim errando, e continuo sim aprendendo com eles. Peço minhas sinceras desculpas às pessoas que prejudiquei no último semestre, mas sinto que certos surdos andam blasfemando cegos.



Concordo que todas as pessoas têm seus direitos de reivindicar quando algo lhe parece errado, mas teriam elas alguma moral para apedrejar seus iguais?

Não imploro por novas chances, nem que me perdoem, mas quero que saibam que achei as atitudes tomadas totalmente desnecessárias.



Espero que todos tenham um grande futuro profissional, mas, antes disso, queiram aprender a fazer as coisas dos modos certos e não criticar quem se nega a agir errado.



Finalizando, deixo-os com uma frase que espero que levem para o resto de suas vidas:



“Agir certo pelos modos errados é agir errado.”



Por: Guilherme Garcia Jonas de Souza, às 03:22 AM.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O valor de uma imagem feminina



Quando paro para pensar sobre o mundo feminino, percebo que não tenho muito para onde ir. Todas as vezes que consigo responder algo, vêm mais perguntas à minha cabeça. O que elas têm que nos deixam dessa maneira?


Pensando sobre isso que resolvi colocar alguns pontos em questão.

A meu ver, as mulheres são seres superiores, que sentam em um trono,mandam e humilham seus súditos, todos do sexo masculino.

Acho cômico o fato de todas serem perfeitas para nós. Aquele sorriso que te agrada e coloca-te no eixo quando tudo está perdido. Aquelas doces palavras que saem de suas bocas com o mais suave linguajar. Aqueles maravilhosos perfumes que hipnotizam e deixam vestígios pelo ar. Aquele majestoso jeito de andar, como se o centro do universo estivesse ali, no rebolar dos seus quadris.

Nós, homens, imaginamos que estão todas aos nossos pés, mas será isso uma verdade?

Tenho medo de começar a ter certeza que é totalmente o oposto.

Nós podemos conseguir mais dinheiro, o que infelizmente é a realidade, mas nunca poderemos administrá-lo sem ajuda delas. Podemos dirigir melhor, como já disseram pesquisas em relação à noção de campo espacial, mas nunca seremos tão prudentes como elas. Podemos ter a fama de sermos mais fortes e inteligentes, mas 90% de nós não é capaz de arrumar uma casa com maestria e organização.

É curioso. Um homem passa o dia todo no trabalho, vai jogar uma pelada com a galera, depois bebe uma cervejinha, chega em casa e senta em frente à TV. Sua mulher, que fez seu jantar e passou o dia todo trabalhando também, quer conversar, mas não sobre o relacionamento. Quer apenas conversar. E o homem, com todo seu machismo e sua ignorância, lhe manda ir dormir e gruda os olhos no televisor para ver o Corinthians jogar.

A mulher, carente de amor e carinho, vai para a cama e dormi.

Possivelmente, essa mulher, ao encontrar um homem que lhe dê atenção, se entregará a ele. Então, o homem, com toda a fúria, termina com ela, alegando que ela é uma vadia e cachorra que nunca lhe deu atenção.

Aí que está o problema. Realmente, isso foi uma atitude errada da parte dela, mas onde esta o amor que os dois sentiam um pelo outro?



Eu posso responder: Perdeu-se.



Culpa de quem?



Vocês devem estar pensando: DA MULHER, É CLARO.

Mas, não! Foi do homem, por não dar atenção. Eu posso apostar todas as minhas fichas de que a mulher, ao trair o marido, pensava nele enquanto fazia atos sexuais com o amante.



É fácil dizer que elas não valem nada, mas nós valemos?



É difícil assumir, mas nós não vivemos sem elas, e acho que elas também não vivem sem nós.












Texto redigido por: Guilherme Garcia Jonas de Souza, que ama as mulheres e sabe que não seria nada sem elas.

domingo, 20 de setembro de 2009

Liberdade de expressão X Conhecimento



Por volta de 40 anos atrás, o Brasil passava pela época de pressão e proibição da liberdade de expressão, conhecida como Ditadura Militar. Nesta época, nosso país era comandado por militares que vetavam qualquer tipo de manifestação contra suas ordens. Em meio às regras propostas pelos generais, uma delas tornou uma das profissões mais importantes do Brasil limitada a graduados.


O Globo, jornal com maior veiculação e poder da época, obtinha patrocínio do governo, o que fez Roberto Marinho se aliar (em partes) aos ditadores. Por outro lado, a Folha de São Paulo, jornal pequeno e pouco veiculado na época, tornou-se o mais vendido entre os protestantes, principalmente na fase das Diretas Já, por relatar o lado revolucionário do povo.

A Folha conseguiu um status digno de jornal pela divulgação das manifestações, o que causou certo receio no STF (Supremo Tribunal Federal) da época, fazendo ser obrigatório diploma do curso de Jornalismo para exercer a profissão.

Em 2009, a Folha e o Estado de São Paulo começam a sentir falta de opiniões de pessoas que entendem sobre certos assuntos como medicina, economia etc. Assuntos esses não dominados por jornalistas. Isso causou uma discussão que foi levada novamente como pauta para o STF.

À frente da bancada de ministros, Gilmar Mendes, presidente da Casa, fez a seguinte observação:

“Os jornalistas são aquelas pessoas que se dedicam profissionalmente ao exercício pleno da liberdade de expressão, portanto, são atividades imbricadas por sua própria natureza e não podem ser pensados e tratados de forma separada.”

Após esse argumento, o presidente ainda citou:


“Um excelente chefe de cozinha certamente poderá ser formado numa faculdade de culinária, o que não legitima o estado a exigir que toda e qualquer refeição seja feita por profissional registrado mediante diploma de curso superior nessa área.”

Durante a votação, apenas o ministro Marco Aurélio Mello foi a favor do diploma, proferindo o seguinte argumento:

“O jornalista deve contar de um grau de nível superior com técnica para entrevistar, se reportar, editar o que deva estampar num veículo de comunicação. A existência da norma a exigir nível superior implica uma salvaguarda, uma segurança jurídica maior quanto ao que é versado e é versado com uma repercussão ímpar.”

No término da votação, oito dos nove ministros da bancada optaram a favor da queda do diploma, causando a ira de vários universitários.





Argumento do autor_






Como todos meus leitores sabem, estou me graduando em Jornalismo, profissão essa que pretendo levar para o resto de minha vida. Fico totalmente chateado ao ver que pessoas inteligentíssimas, como o Ministro Gilmar Mendes, podem dizer absurdos como esses durante uma discussão tão significativa.


Segundo o próprio ministro, o Jornalismo é uma profissão imbricada com a Liberdade de expressão. Mas, será mesmo?


O que fazem os jornais hoje em dia?
Informam, relatam, passam a informação de um modo simples e sucinto para que toda a população fique atenta ao que acontece no país e no mundo.


Infelizmente, nem todos pensam como eu e meus colegas, principalmente o presidente da STF, que pelo visto não conhece nada sobre a profissão e o diploma que derrubara.


Ao dizer que o diploma reprimi a liberdade de expressão, o ministro comete um dos maiores equívocos que já ouvi. Trabalhando em um jornal, o profissional está limitado a expressar suas opiniões. Isso foi dito 50 anos atrás pelo jornalista, Carlos Lacerda, que criou o Manual da Redação. Esse manual colocava em ênfase o conceito de Imparcialidade, que consiste em não expressar as preferências do autor da matéria em seu texto. Pode-se dizer que isso é um mito, mas de qualquer forma, temos que tentar ser imparciais o máximo possível. Pois bem. Ao sermos imparciais, não estaremos exercendo nossa liberdade de expressão. Estaremos, ministro?



Outra grande falha no argumento de Mendes foi sobre comparar Jornalismo à Culinária. Concordo totalmente com o presidente quando diz que não é preciso curso superior para se fazer uma refeição, mas, sim para ser um chefe de cozinha. A solução para esse problema apontado é simples, pois estou veiculando minha opinião por ela neste exato momento. A liberdade de expressão tomou um espaço muito maior com o surgimento da internet. Aqui podemos manifestar-nos como quisermos, sem imparcialidade, sem passar informações e sem se preocupar com gramatiká. O fato é, que se colocarmos opiniões equívocas em um jornal global, milhares de pessoas terão acesso a essa matéria e certamente a seguirão.


É também lamentável pensar que alguém, que não possui conhecimento da área, consiga montar e seguir uma pauta. E quanto ao lide? Algum pode me dizer o que é? Teríamos realmente que ler a matéria toda, só para saber o fato principal?



Respeito muito as decisões do STF, mas mediante a essa, sinto dizer mas estão errados.



É ótimo ter um blog, porque aqui posso expressar o que penso.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Pérolas brasilienses


Ao entrar em uma faculdade, seu senso crítico começa a tomar dimensões que você nunca imaginaria. Sua cabeça volta-se ao escárnio dos que pouco o agradam, proporcionando-o belíssimas frases aos que idolatra.

Pensando como jornalista, tenho que tomar muito cuidado com as palavras que usarei em minhas matérias, tentando ser o mais imparcial possível. Às vezes, uma expressão mal usada, pode causar o desafeto de vários leitores.


Relacionando as editorias de imprensa com o Senado, descobrimos que há certa semelhança entre essas aparentemente tão distantes profissões. Tudo que escrever, poderá ser usado contra mim em um futuro não muito distante. Calculando que sou apenas um transmissor de fatos (não que isso seja algo menosprezável), isso pode não abalar minha imagem ou minha carreira, com exceção de algumas situações, claro. Agora, quando o assunto é política, digamos que nossos representantes deveriam tomar um pouco de cuidado ao abrir suas “singelas” bocas.




Analisemos alguns casos:

Caso 1


12/06/2007


Discussão sobre os problemas com aeroportos no Brasil. Muitos vôos atrasados, o que abalava a indústria turística na nação. Como convidada para esse polêmico debate, a ministra do Turismo, Marta Suplicy, pretendia incentivar os brasileiros a viajar, não ligando para os atrasos.
Para simplificar sua intenção, a ministra proclamou as seguintes palavras: “Se o avião atrasar, relaxa e goza!”


Percebe-se que a ministra tem uma forte ligação com o povo. Até fala como nós. Penso eu, que à beira da 3ª idade, não convém usar certos jargões, principalmente quando é uma mulher com tanta popularidade, sendo exemplo para milhões de brasileiros.



Caso 2

25/08/2009

O nepotismo ataca as raízes do Senado, onde o próprio presidente da Casa, José Sarney, é acusado de empregar próximos em cargos públicos. Manobra essa, considerada crime.
Com uma idéia democrática, houve uma votação, onde os senadores votariam contra ou a favor do afastamento do presidente. O resultado, como esperado, foi contra o afastamento, provocando ira em certos representantes, inclusive no Senador pelo Estado de São Paulo.
Eduardo Suplicy, com uma brilhante analogia, manifestou:
“O que faz o juiz nos campos de futebol no Brasil para que todos entendam? Apresenta o cartão vermelho. É isso, senhor presidente. Avalio que, nessas circunstâncias, o melhor passo para a saúde do Senado Federal, do próprio presidente, José Sarney, é simbolizado em um cartão vermelho”.


Palmas ao senador! Confesso que nunca imaginei que o ex-marido de Marta pudesse descer o nível como fez. Convenhamos que, após o término da votação, nada adianta alterar-se, caro Suplicy. Mas, de verdade, achei fantástica a analogia. Porque, como em um jogo de futebol, o senado está cheio de faltas, bolas fora, impedimentos e “jogadores” querendo sair pelo escanteio. Se os pais são assim, não quero nunca ter que cruzar com os Suplicys juniores.



Caso 3


16/09/2009

Meados de 2009. Penúltimo ano de mandato do presidente Luiz Inácio “Lula” da Silva. De acordo com a lei, o presidente da república não pode recandidatar-se após um segundo mandato. O Brasil começa a encarar as sombras da escolha mais importante dos próximos quatro anos. Dilma Roussef, ministra chefe da Casa Civil, é a candidata apoiada por Lula para as tão esperadas eleições de 2010, o que ocasionou um evento em Brasília, sobre a discussão de tal fato. Ao avaliarmos os candidatos à presidência da república, percebemos um interessante fato: Todos são de esquerda ou possuem influências de tal.
Pois bem. Sabemos que vossa excelência é de extrema esquerda, enquanto seus maiores rivais (que o tiraram da presidência, como Collor, FHC etc.) eram extremistas de direita. Após checar os candidatos, Lula deu um depoimento chocante, porém previsível, no evento em Brasília: “Vocês querem conquista melhor do que em uma campanha, neste país, não termos nenhum candidato de direita? Porque antigamente, como era a campanha? Era o de centro-esquerda ou de esquerda contra os trogloditas de direita.”


Respeito totalmente as preferências políticas do presidente. Mas, quando você se torna uma figura pública, tem que tomar certos cuidados, principalmente com quem difamar. Nenhum presidente, por mais poderoso e querido que seja, agüenta anos de mandato sem apoio, afinal, todos queremos o melhor por nosso país (pelo menos era para ser). Agora, digam-me, caros leitores: Após esse doce adjetivo dirigido aos direitistas, estaria Dilma Roussef em maus lençóis?




Terminando esse argumento, deixo-os com uma pequena frase do grande filósofo grego, Platão, que diz o seguinte:


"Os males não cessarão para os humanos antes que a raça dos puros e autênticos filósofos chegue ao poder, ou antes que os chefes das cidades, por uma divina graça, ponham-se a filosofar verdadeiramente."

Obrigado pela atenção.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Filosofia sobre a Torre Negra


"O homem de preto fugia pelo deserto e o pistoleiro ia atrás ..."


Uma frase um tanto quanto emblemática para o início de uma tão aclamada e ponderosa história.


Até onde os desejos de um homem podem levá-lo?


Até quando esse desejo se concretizará em sua mente fazendo-o esquecer de tudo que um dia aprendeu?


Perguntas essas, que se eu pudesse responder, seria um homem totalmente equilibrado.


Agora, caros leitores, vocês devem estar com uma indagação em suas inocentes cabecinhas:
De onde ele tirou isso?


Há mais ou menos 6 meses, comecei a ler uma das grandes obras do escritor norte-americano, Stephen King. Essa obra chama-se A Torre Negra. Por algum motivo, que até agora não posso explicar, fiquei fissurado por esse mundo que me foi apresentado. Os livros (7 no total) contam a história do pistoleiro Roland Deschain, o último descendente do clã dos Eld, que tem como objetivo de vida encontrar a misteriosa Torre Negra. Segundo informações que o mesmo obteve, seu ponto de obsessão consiste na união de todos os universos existentes.


Meio louco, não? De fato é, mas parando para pensar um pouco, percebemos que porventura essa filosofia tenha algum sentido.


Ao lermos a saga do pistoleiro, percebemos que o dito cujo é capaz de qualquer coisa para alcançar seu objetivo maior (a Torre). No decorrer do romance, ele é capaz de deixar um garoto morrer, matar uma cidade inteira, arrancar três pessoas, de diferentes universos, para se juntarem a ele e desistir do grande amor de sua vida.


Coloquemos essa teoria em prática.


Quais são seus universos?

Escola? (Pode se considerar)

Namorada(o) ou paixão? (É um vertente)

Família? (Um dos maiores, se não o maior)

Amigos? (Não vivemos sem eles, pelo menos não na teoria)

Trabalho? (Sustentabilidade, claro!)


Todos esses exemplos citados, participam do cotidiano de uma pessoa normal, não importanto sua classe social, etnia ou religião.

Pois bem, agora que já colocamos os supostos universos em ênfase, pensemos em um, o mais importante deles.

É uma escolha dificil, mas sei que toooodos aqui sabem muito bem qual escolheriam e por quais motivos.


Selecionadas as prioridades, vamos à hipótese de haver um impasse entre a relação do seu universo preferêncial e os outros que o rodeiam.


Diante desse obstáculo, você provavelmente teria de desistir de certos universos para dar a atenção necessária ao outro.


Mas, aí que vem o problema:

Isso é uma tarefa fácil de se fazer?


Será que todos estamos aptos a desvanecer o que nos fazia felizes por um bem maior ou talvez mais importante?


Aí esta uma pergunta interessante.

Deixo-os com esse pensamento. Caso não queiram ter problemas psicológicos, encarem isso apenas como um desabafo de um garoto que começou a pensar demais em coisas que nem deveria. Caso queiram, é uma maneira diferente de se ver o mundo à nossa volta.


Eu estou buscando a minha.

E você? Qual é a sua Torre Negra?